Ou uma forma inovadora de gerar conhecimento intemporal de forma instantânea.
Cada Macaco é um novo projeto de exploração linguística que criei, inspirado num belo bestiário tríptico que vi na casa de uns amigos que nos albergaram em Lisboa por alturas do Natal de 2022.
Este artigo foi publicado originalmente na newsletter semanal do Fumaça, e pode ser econtrado no site do podcast de jornalismo independente.No contexto deste site expandio-o com mais algumas ideias.
Olá.
Abstrai-te por momentos das interrupções quotidianas e imagina que abres o teu computador ou pegas no teu telemóvel para ler. Para o fazer tens uma aplicação dedicada. Os artigos todos que te interessam — provenientes de diferentes fontes online correspondentes aos teus interesses — estão nessa interface. De cada artigo, vês apenas o título, uma imagem, e um resumo. Não há anúncios, nem pop-ups, nem aviso de “bolachas” 🍪. Consegues facilmente perceber o que já leste e o que há de novo. A qualquer altura podes acrescentar novas fontes de conteúdo, eliminar aquelas que afinal já não te interessam, e reorganizar tudo, não tanto por tema, mas de acordo com o que te chega mais ao coração. Podes concentrar-te nas palavras, nas ideias, e ver tudo ao teu ritmo.
Confortável, não é?
A tecnologia que te permite ter esta experiência focada de leitura existe há 25 anos, está bem de saúde — faz parte da ideia abrangente da open web — e pode ser usada de forma livre e gratuita. Apresento-te o RSS.
Talvez não saibas, mas quando ouves o podcast do Fumaça estás a interagir com um feed RSS, uma lista longa que vive na tua aplicação de podcasts ao lado dos teus outros favoritos. Podes subscrever podcasts, descarregar episódios, começar a ouvir, parar, e retomar a qualquer altura. É assim que a maioria das pessoas nos ouve, em aplicações como Spotify, Apple Podcasts ou Google Podcasts. Da mesma forma, podes ter os feeds RSS das tuas fontes favoritas numa só aplicação (vamos chamar-lhe leitor) de RSS onde te aparecem os artigos assim que são publicados, sem interferência de algoritmos. A partir daí, é só escolheres o que queres ler e quando queres ler. Com toda a paz e sem distrações.
Para começares, experimenta estes leitores de RSS: macOS, Windows, Linux, Android, iOS. Abundam opções, escolhe a que te parece mais útil. Eu gosto do Feedly por correr em múltiplas plataformas, mas a versão grátis é um pouco limitada.
Depois, podes subscrever um feed, ou seja, adicioná-lo ao teu leitor, copiando o link RSS que uma dada fonte disponibiliza. Por exemplo, os artigos novos que publicamos no site do Fumaça aparecem neste link: https://fumaca.pt/feed. Basta copiares este link para o teu leitor de RSS favorito, para adicionares o conteúdo do Fumaça à tua lista. Procura este ícone nos sites que gostas de acompanhar e vai subscrevendo. Se quiseres sugestões, deixo-te aqui alguns feeds para subscreveres: uma seleção minha de órgãos de comunicação social que fazem jornalismo lento, para veres com calma; o do jornal Público, para acompanhares a atualidade; o do Gerador, para leres sobre cultura e educação; e o do blogue Ladrões de Bicicletas para leres artigos de opinião. Aqui tens outros webizens cujos sites têm feeds RSS.
Também podes criar o teu próprio conteúdo, decidir como e onde publicar, e partilhar com o mundo o teu próprio feed RSS, para que as pessoas possam ler tudo o que escreves. A plataforma WordPress, muito usada para criar e gerir sites no mundo todo, incluindo o do Fumaça, dá-te um feed das tuas publicações de graça. Basta adicionar “/feed” ao URL.
Apesar dos 25 anos, o RSS acaba por trazer sempre novidades. Como se trata de um formato aberto e standard, permite a construção de soluções criativas. Dá uma olhada no Feedle, um motor de pesquisa que procura apenas em sites que têm feeds RSS.
E, se um dia te fartares da aplicação que usas para reunir os teus conteúdos favoritos e quiseres explorar outra, basta exportares a tua lista e abrir nesse novo leitor. Chama-se a isto “portabilidade”, mas também se poderia chamar “liberdade”.
Outros serviços que se inscrevem na filosofia da open web integram de forma transparente o standard RSS. Por exemplo, o Mastodon (que usa tecnologia ActivityPub) permite seguir o que posta qualquer perfil via um feed RSS. Para obter este link RSS basta acrescentar “.rss” no fim de qualquer URL de um user. Exemplo:
No Fumaça, acreditamos que a informação deve ser livre, acessível e gratuita. Se não quiseres depender de algoritmos que escolham por ti, teres o teu próprio leitor de RSS feed pode ser uma boa solução.
An eclectic voice coming out of Brazil, extending the already diverse nature of the country’s music to other latitudes. Besides Brazilian Portuguese, Tiganá shares his musical magic also in French, Spanish and Kikongo.
He does so showing gratitude and reverence for all the artistic tradition that precedes him. “We are nothing without the ones that preceded us.”
You can hear other underrated artists on my collection “You Heard It Ear First“ (here’s a handy RSS feed). If Spotify playlists are your thing, you can also listen to these highly underrated tracks here.
We need to talk about this gambling epidemic that is happening with sports today, especially football, in which an advanced betting machine is pulsating in your pocket, while ads for getting you back on the drug abound all around you.
This is seen as a cool, fun thing today. But it won’t be in 2-5 years time.
Even though the Belgian act Dans Dans produces only instrumental music, there’s something so idiosyncratic about their sound that makes recognizing them really easy.
“Feline” is the soundtrack of a movie that is still to be shot.
You can hear other underrated artists on my collection “You Heard It Ear First“ (here’s a handy RSS feed). If Spotify playlists are your thing, you can also listen to these highly underrated tracks here.
You can hear other underrated artists on my collection “You Heard It Ear First“ (here’s a handy RSS feed). If Spotify playlists are your thing, you can also listen to these highly underrated tracks here.
Very few records make me travel so far without moving. This is a star in Greece, very much ignored elsewhere.
(via Isidora, a good friend from Greece.)
You can hear other underrated artists on my collection “You Heard It Ear First“ (here’s a handy RSS feed). If Spotify playlists are your thing, you can also listen to these highly underrated tracks here.
This is a living compilation of guiding principles for my web development process. Check back for updates and feel free to suggest your own.
Playfulness
Keep your attitude towards development fun and exploratory. The best ideas and the boldest implementations will exude from that attitude, since you’ll be extra motivated and sunk into the work you’re doing. Also, you’ll live longer.
(idea via the Changelog podcast)
Promises are like cooking
When making a risotto, you start the refugado de alho and start cleaning the mushrooms while the caldo is seeping.
(via codecademy.com)
Curiosity is important
You need to have an inquisitive mind, and find joy in doing detective work. Where is this bug coming from, what’s its root cause? Intriguing…
Life, otherwise, is very fatiguing.
One class, one concern
When defining (Vue JS) components, Single Responsibility Principle help, i.e. each component should do only one thing.
(via Paulo Pinto, aka Former Self)
Inspiration = motivation
Or the relevance of choosing the right podcasts.
Copy/paste is a powerful weapon, easy to use. Wield it wisely
Always double check when pasting. Chances are not all the replicated code matches your exact needs.
I have conveniently compiled (and will continue to do so) those sources that do have an RSS feed into a OPML file you can drop into your feed reader (client). You’re welcome!
Also, do drop your personal favourite sources of slow journalism, also from your corner of the world, in the comment section below.
When chatting with my girl the other day I mentioned how I thought the only mental process that was exclusive to us humans was the capacity to dream, fantasize, create scenarios in our heads.
There’s no way to know this for sure, but Laurel Braitman has a similar intuition to mine in this lovely podcast episode.
I was about to add a new track to my playlist containing the best songs Mankind ever produced (a humble selection by yours truly) and realized I am at 577 tracks. Five hundred and seventy-seven. I couldn’t believe my eyes.
Do I even know this many songs? Wait, these tunes are only my favorite ones, not even the ones I dig.
I have a feeling my life will be different after this realization. Do you know those moments when someone asks you “so, what music do you listen to?” and you don’t really have any band names or genres you can come up with? “I must be a very banal audiophile.” Yeah, no.
Go ahead and explore the playlist I would send out on an unmanned probe to outer space, shuffle mode on. There are some seriously good tracks in there.
Create your own website, own your data and display the things you’re into under your domain. When online, be a creator, not a consumer.
I’m all in for this mantra, but this realization stops short of a painful, cold truth; your content is probably going to be ignored. It sucks to keep sharing your content and having no one contribute and add their own opinions / takes to yours. I know because I’ve been doing this for a decade now, ah!
A good friend and very talented musician has just started a new project, and we’ve collaborated on his website.
Previously drummer extraordinaire at TrYangle (another web collaboration), his name is now Cloud Collector and it sounds grand. It’s one man and one guitar.
— Hey, I have a domain I use for emailing. It’s for my IT solutions company, we’re doing pretty well. Can you build me a website? — Sure! Do you have a logo I can use? — Hmmm, only this scrappy wordart one. — What about a motto? Any copy at all? — Nothing.
In which I created a website from nothing. Well, I had the help of aThemes and a bunch of talented photographers on Unsplash (see footer at vanguardstripes.pt for credits).
A lot of emphasis was placed on web performance, ensuring the website loads and feels fast. This will help not only with professional credibility and findability (SEO juice), but also with email deliverability at the end of the day. This is because spam filters will look at email addresses’ TLDs (Top Level Domains) to sniff for potential spam sources.
Em Janeiro deste ano o jornalismo do Meduza foi proibido na Rússia. Não só os jornalistas e freelancers que contribuem para o projecto de jornalismo independente foram perseguidos, como a partilha de links das peças passou a ser crime. A coragem e o empenho da equipa – que teve de sair do país – mantêm o projecto a funcionar. Esta reportagem fotográfica das semanas na Ucrânia que antecederam a invasão Russa carrega um peso de calma antes da tempestade.
A transparência, hombridade e a anti-hipocrisia são a última Fata Morgana.
Na Turquia descobriu-se que o Governo é corrupto, que a erosão democrática e o neo-liberalismo afinal são um cocktail perigoso, e que assim explodiu por lá a indústria imobiliária. Como por cá (Portugal). Sabe-se que é a forma de fazer dinheiro em quantias grandes, se não tiveres uma mega-corp a rolar na bolsa ou um poço de petróleo no deserto.
Twitter is dying. É triste, foram muitos anos de dedicação a um serviço. Da comunidade (onde me incluo) e das equipas de design, gestão, projecto, engenharia e muito mais. Uma perda irreparável e totalmente desnecessária.
Abre uma conta no Mastodon para manteres contacto com a tua comunidade que está no Twitter, e que se vai dissolver. A migração já começou e não vai parar. Melhor ainda, recolhe os emails das pessoas que te são queridas. Nenhuma organização pode ser dona do teu gráfico social se este for um simples ficheiro de texto.
In France they call house-warming parties “Crémaillères”, because that’s the metal piece that holds the cauldron over the fire and it was the last part to be added to a newly built household.
Recent Comments